Não importa mais se um projeto é desenvolvido em um local muito remoto em termos de conectividade. Com o CAS (Contêiner Autônomo de Sistemas), as obras ganham uma solução sustentável com três tecnologias juntas.

Com cada vez mais frequência, a Techint Engenharia e Construção desenvolve projetos fast track onde um lançamento rápido e eficiente é fundamental para iniciar de forma ordenada. Por isso, os sistemas informáticos e de comunicação de obra são fundamentais para a gestão e a execução de um projeto e também para a eficiência na etapa preparatória.

Mauricio Mare, Gerente de Sistemas do Techint E&C, Fabián Pelaye, Gerente de Logística e Serviços Gerais, Giovanni Lillo, Líder de Sistemas do Chile e Marcos Bordon, Gerente de Sistemas da Área Andina, foram os colaboradores que propuseram incorporar o CAS aos canteiros de obra da empresa. Esse contêiner autônomo alimentado por painéis solares oferece conexão à internet e a sistemas informáticos necessários.

Na versão 3.0, o CAS conta com três soluções em uma: duas antenas Starlink, que consiste em um serviço conectado a uma constelação de satélites que oferece internet de banda larga, baixa latência e cobertura mundial a baixo custo; e um balanceador, que é uma tecnologia capaz de somar a conexão à internet a outras conexões, como por satélite, via rádio ou 4G.

“Implementamos essa solução no lançamento do projeto Quellaveco, no Peru, em um acampamento a 4.700 metros de altitude e sem nenhum tipo de cobertura de conexão. Utilizamos o mesmo escritório e instalamos um servidor, com painéis solares e sistema de internet via satélite. Este foi projetado e construído no Centro Logístico (CLP) que a empresa possui em Lima. Agora, junto com o departamento de Sistemas, está sendo preparado em um módulo Legho de 6 m de comprimento, que teremos no CLC pronto para iniciar uma mobilização antecipada até que o restante das instalações do projeto esteja instalado e pronto”, explica Fabián Pelaye.

“O CAS é uma verdadeira revolução em termos de conectividade porque é transportado até o canteiro de obras onde se mostra necessário, e permite começar a usar o serviço da rede corporativa (SAP, e-mail, internet, etc.) imediatamente”, diz Marcos.

“Além disso, trata-se de uma solução sustentável, já que é alimentada por painéis solares instalados no teto do contêiner. Tem sistemas completos que são plug-n-play, de fácil instalação e manutenção. Hoje o mercado local do Chile oferece soluções em que ‘geradores solares’ compactos, de 0,8x0,85x0,5 m com oito painéis, fornecem até 20 Kwh/dia, o suficiente para abastecer uma casa de 240 m² (sem considerar a calefação) ” explica Alejandro Aineseder, Gerente de Produtividade e Inovação para a Área Andina.

“A iniciativa é um claro exemplo de uma inovação de alto impacto para os projetos, eficiente e concebida de modo inteligente. Resolve um problema fundamental e faz isso utilizando energia renovável e portabilidade para um uso real no entorno dos projetos”, destaca Alejandro Aguirre, Gerente de Inovação e Gestão de Conhecimento do Techint E&C.

A versão 2.0 do CAS já começou a ser utilizada no projeto Collahuasi, no Chile, com autonomia de energia e conexão à internet via rádio. “O objetivo é implementar essa tecnologia em todos os canteiros de obra de Collahuasi, aproveitando a experiência do projeto Quellaveco, no Peru. Atualmente o contêiner está sendo usado com resultados muito bons no centro logístico Victoria, com conexão por Starlink e rádio. O segundo contêiner 2.0 está pronto para ser transportado para a estação PS1 e outros três vêm sendo preparados para as estações PS2, PS3 e PS5 no centro logístico Victoria. A ideia é documentar e replicar essa solução em outros projetos, já que ela é sustentável, tem custos adequados e nos permitirá otimizar os prazos e facilitar a comunicação”, afirma Edwin Melgar, Líder de Sistemas de Collahuasi.