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A impressão 3D em concreto está cada vez mais perto dos projetos Techint E&C

Publicado 29.6.2022

Após concluir no início deste ano a primeira etapa, com a impressão de protótipos na Finlândia, estamos analisando projetos no México, Chile e Argentina para dar o próximo passo: implementar no campo.

O processo natural de uma inovação é passar para a etapa de implementação depois de um piloto bem-sucedido. É nesse estágio que estamos com a iniciativa da impressão 3D em concreto reforçado. Para a adoção dessa tecnologia em obras da Techint E&C, a empresa planeja montar oficinas de impressão 3D em campo. Assim, fabricaremos já nos projetos os componentes de concreto reforçado que antes eram fundidos nas obras ou comprados como pré-moldados. 

O principal benefício que está levando essa tecnologia a se desenvolver tão rapidamente na indústria da construção é a redução da pegada de carbono graças à otimização do uso do cimento. Outras vantagens tangíveis para os nossos projetos são: melhoria dos padrões de segurança e qualidade, aumento da produtividade operacional, dispensa da cofragem, eliminação de aço de reforço para componentes de baixo compromisso estrutural, redução da mão de obra direta em campo e independência dos fatores climáticos que costumam afetar as obras civis.

Para a implementação em projetos foram preparados diversos casos de negócio para países como Chile, Argentina e México. Em todos eles, concluiu-se que a implementação é competitiva para um volume mínimo de 250 m³ de concreto impresso, alugando o sistema de impressão com seus operadores. Com rendimentos operacionais de 1,5 tonelada/hora de impressão, os trabalhos são rápidos. Não se descarta a ideia de no futuro comprar sistemas de impressão quando os benefícios mencionados forem vistos em campo e nossos clientes confiarem mais na metodologia, já que eles ainda resistem a abrir mão dos processos tradicionais.

Atualmente, o sistema de impressão previsto para o uso em projetos tem como estrela o braço robótico de seis eixos montado sobre uma base ou sobre um equipamento de esteiras, para maior versatilidade. Existe a possibilidade de montar o robô sobre trilhos ou sobre coordenadas cartesianas para realizar impressões de maiores dimensões. O robô é acompanhado por silos secos, equipamentos de mistura, bombeamento e transferência de concreto fresco.

 

Entre os componentes mais comumente instalados nos projetos, já podemos pensar em imprimir: sistemas de drenagem enterrados em trincheiras, câmaras e tubos de eletricidade e instrumentação, fundações menores, escadas, tanques de líquidos e esgoto, entre outros. Todos esses componentes podem ser impressos sem a necessidade de um reforço estrutural de aço. O concreto reforçado com fibras utilizado na impressão 3D tem um limite na resistência à tração que depende da composição e das características das fibras (em geral de polipropileno). No entanto, é possível acrescentar manualmente malhas e hastes de aço para reforçar as peças durante a impressão ou depois de pronta, em espaços ocos pré-desenhados, preenchidos manualmente com a própria argamassa.

A tecnologia já está disponível, as possibilidades são muitas e há cada vez mais aplicações. Basta ver iniciativas como o bairro de casas impressas em 3D (no Texas, EUA) e o interesse da Nasa (construção autônoma em Marte) para se convencer de que ela veio para ficar.

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