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Rumos da captura e do armazenamento de carbono

Publicado 13.7.2023

Hernán Milberg, Gerente de Transição Energética da Techint Engenharia e Construção, participou de um encontro no Instituto Argentino de Petróleo e Gás (IAPG), em que falou sobre a captura e o armazenamento de carbono, e destacou a importância do trabalho colaborativo entre indústrias, governos e organizações.

 

Durante o evento sobre emissões no IAPG, Hernán Milberg expôs sua visão de que a captura de carbono será uma ferramenta fundamental no processo de descarbonização na geração de eletricidade e nos processos industriais. Ele ressaltou que é importante entrar em projetos de captura de carbono e detalhou de que se trata esse processo.

O encontro foi organizado em colaboração com o Senado e a Secretaria de Emissões de Gases de Efeito estufa, e contou com a participação da secretária de Energia, Flavia Royón, além de senadores.

A captura de carbono (CCS, sigla em inglês) consiste em evitar a liberação na atmosfera das emissões produzidas pelo uso de combustíveis fósseis na geração de eletricidade e em processos industriais. Depois, elas são armazenadas em formações geológicas, de forma segura e permanente. 

Também existe a tecnologia de captura, uso e armazenamento de carbono (CCU, sigla em inglês), que vai além de retirar CO2 da atmosfera, já que permite reciclá-lo para seu uso em diversas aplicações, como na produção de combustíveis sintéticos ou na indústria alimentícia. Além disso, essa tecnologia evita que o dióxido de carbono seja liberado em pontos físicos concretamente localizáveis, como uma chaminé, ou o remove diretamente da atmosfera (DAC, Direct Air Capture).

Projetos de descarbonização

De acordo com Milberg, a captura de carbono pode chegar a reduzir em 7 bilhões de toneladas as emissões de CO2 até 2050. "É muito importante contar com estratégias para implementar projetos de descarbonização em vários âmbitos. Isso já vem acontecendo há algum tempo com o hidrogênio e deve se repetir com a captura de carbono", disse.

Depois citou o exemplo dos Estados Unidos, onde em 2030 entrará em vigor um pacote de leis que limitarão a operação de plantas de energia que não tenham captura de carbono associada.

"Na Argentina, está havendo esse mesmo tipo de discussões, com a participação do Senado e da Secretaria de Energia. Se prosperarem, gerarão projetos de captura de carbono em grande escala", afirmou.

Além disso, destacou que a combinação da atuação das indústrias, da inovação tecnológica e dos incentivos econômicos é fundamental no negócio da captura e do armazenamento de carbono.

Durante o evento, Milberg detalhou os lugares no mundo que estão realizando captura de carbono e apresentou dados atualizados sobre os custos da operação, destacando sua competitividade no presente.

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