Com o apoio do processo de soldagem automática, avança a construção do duto do projeto C20+ (Collahuasi). Já foram soldados cerca de 85 km de tubos. Vantagens, desafios e resultados dessa tecnologia inovadora.

A Techint Engenharia e Construção está desenvolvendo o projeto C20+ no Chile, avançando em bom ritmo. Isto se deve principalmente à incorporação do processo de soldagem automática, que permite uma produção de maior qualidade em menos tempo.

A etapa de capacitação de todos os envolvidos no sistema de soldagem automática rapidamente mostrou seus bons resultados no projeto. De acordo com Kevin Borisov, Superintendente de Soldagem, a curva de aprendizado foi a menor possível, superando todos os desafios dos inícios de projeto. “Quando chegamos à velocidade estimada, mantivemos o ritmo, seguindo os padrões de segurança e qualidade. Até o momento, foram soldados aproximadamente 85 km de tubos, com uma média de 50 uniões diárias e cerca de 90 colaboradores por turno”.

Ricardo Juan, Project Manager, disse: “Quero agradecer a cada colaborador do grupo de soldagem da linha regular do duto, já que todos tiveram um grande desempenho em produtividade e qualidade. Além disso, contribuíram para alcançar os indicadores de segurança esperados pela empresa”.

Automática x manual
O sistema de soldagem automática é uma solução tecnológica inovadora e competitiva que, ao permitir mecanizar muitos movimentos, oferece resultados melhores e em menor tempo do que a soldagem manual. “Com a automática o soldador não precisa mover o arco elétrico. Faz isso por controle remoto, o que cansa menos fisicamente e eleva a qualidade do trabalho, realizado principalmente pelo equipamento. Embora o soldador deva estar sempre muito concentrado, porque o arco precisa ficar centralizado no bisel e as laterais não podem se tocar, são menos parâmetros de controle do que no processo manual”, explica Kevin.

O sistema de soldagem automática que está sendo utilizado no projeto, com tecnologia da empresa CRC, utiliza um acoplador interno com quatro cabeçotes. “É um sistema muito rápido. O primeiro cordão é por dentro do tubo, o que dá velocidade e qualidade à produção. Do segundo ao fim, o acesso é externo, pelas cabines de soldagem, que garantem uma área de proteção”, diz Santiago Villacis, Superintendente de Soldagem equatoriano que está fazendo sua primeira experiência no exterior.

Tradutores e elementos de proteção

A multiculturalidade e a segurança são os maiores desafios do projeto. Ricardo Saavedra, Assessor de Segurança e Saúde Ocupacional da Fase de Soldagem Automática, afirma que a diferença cultural e a gestão do sistema de segurança do Chile, mais rigoroso do que o de outros países, são um desafio diário. “Temos pessoas de vários países, como Inglaterra, Turquia, Peru. É difícil para um estrangeiro se adaptar a uma cultura e uma legislação diferentes. A operação em si é muito complexa, porque há muita interação homem-máquina, máquina-máquina e carga suspensa. O pessoal de solo está relativamente perto das máquinas o tempo todo, então é preciso ser rigoroso com a segurança. Estamos todos os dias em alerta e capacitando na utilização de elementos de proteção pessoal, porque nem todos estavam habituados a utilizá-los nos seus países. Para isso, a comunicação é crucial. Contamos com tradutores que nos ajudam com os turcos, além de supervisores que falam o idioma” conta.

Cem Altin, Supervisor de Soldagem Automática da CRC, também destaca estes aspectos. Ele é da Turquia e lidera 27 pessoas do país no projeto. Começou a trabalhar na Techint E&C em 2014, e participou de projetos como Minera Escondida e Los Bronces, antes de chegar ao C20+. Descreve sua principal função como “ser uma ponte na comunicação de todo o projeto”, cuidando da interculturalidade do processo. “Destaco três aspectos fundamentais no projeto: a segurança, a produção e a qualidade. A experiência que estou tendo no Chile é muito boa, pela importância dada à segurança, sempre priorizando o bem-estar das pessoas, com altos padrões de cuidado. A produção e a qualidade vão muito bem, mas a segurança é a prioridade. Nosso desafio é continuar assim, progredindo, mas com as pessoas em primeiro lugar”, afirma.

“A soldagem automática está dando ótimos resultados no projeto, permitindo uma produção de maior qualidade em menos tempo. Sempre com a segurança como prioridade, a qualidade e a produtividade avançam de maneira articulada e eficiente”, avalia Kevin.

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