Webinar: Captura e Armazenamento de Carbono
Publicado 27.7.2022
Participaram como oradores Hernán Milberg, Gerente Corporativo de Transição Energética da Techint Engenhara & Construção, e Josefina d'Hiriart, Geóloga especialista em Reservatórios da Tecpetrol.
O seminário realizado em 5 de julho foi organizado pela Comissão de Produção e Desenvolvimento de Reservas do Instituto Argentino de Petróleo e Gás e pela Comissão de Energia do Departamento Técnico do Centro Argentino de Engenheiros. Hernán Milberg abordou o processo de captura de carbono (CCS, na sigla em inglês) e as tecnologias usadas atualmente. Josefina d'Hiriart se concentrou no que se pode fazer com o CO2 capturado (CCU, na sigla em inglês).
Hernán explicou que, na hora de reduzir as emissões de CO2, é preciso analisar várias alternativas, como deixar de usar o carvão, promover as energias renováveis ou gerar a captura de carbono. “Estima-se que, por meio da captura de carbono, seria possível diminuir de 5 bilhões a 7 bilhões de toneladas de CO2”, afirmou.
Armazenamento dedicado ou incidental: novos rumos
Calcula-se que hoje 40 milhões de toneladas de CO2 sejam capturadas, mil vezes menos do que as emitidas. Esse CO2 é armazenado em configurações variadas. O armazenamento dedicado tem como objetivo reduzir as emissões, enquanto o armazenamento incidental visa à recuperação terciária de petróleo. “Esta última é a tecnologia mais econômica, porque se financia com a venda do hidrocarboneto, e é a predominante em 80% dos projetos de armazenamento de carbono no mundo”, disse Josefina.
A geóloga destacou que, no entanto, isso está mudando, devido à exigência de descarbonização em nível mundial, que questiona a prática de armazenar CO2 para alimentar a produção de hidrocarbonetos. O principal funil está na obtenção das autorizações de injeção: “Há uma série de passos muito complexos que devem ser cumpridos para garantir que o CO2 não se filtrará. É preciso monitorá-lo antes, durante e depois”.
Aprender fazendo, com trabalho colaborativo e incentivos
Tanto Hernán como Josefina apontam que o fundamental no negócio da captura e do armazenamento de carbono está no trabalho colaborativo entre as indústrias, na inovação tecnológica e nos incentivos econômicos.
“Existem diferentes aspectos que devemos levar em conta. O primeiro é a inovação tecnológica, porque todos os dias recebemos informações sobre novas tecnologias que estão chegando ao mercado e podem mudar completamente a indústria. Depois, temos o trabalho colaborativo, porque a indústria toda deve compartilhar conhecimentos para avançar rumo à descarbonização. Por último, vemos a necessidade de começar a agir. Há poucos anos as energias renováveis nos pareciam muito complexas e hoje estão indo muito bem”, disse Hernán.
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