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Capacitação em projetos de transição energética

Publicado 23.3.2023

Mais de 300 profissionais da Techint Engenharia e Construção participaram de uma capacitação sobre GNL e GLP, liderada pela equipe de Transição Energética, como parte da preparação da empresa para o futuro nessa área.

Com o objetivo de compartilhar conhecimentos e experiências sobre o gás natural liquefeito, produto que é um dos protagonistas da agenda de transição energética, a Techint E&C reuniu mais de 300 colaboradores e colaboradoras da Argentina e da Espanha em uma jornada de capacitação.   

Os oradores Hernán Milberg, Gerente de Transição Energética da Techint E&C, Pablo Spesso, Líder de Desenho de Processos, e Soledad Calcagno, Líder de Engenharia de Projetos, abordaram a definição e as características do GNL, cadeia de valor, mercado mundial, principais processos de tratamento de gás, liquefação, principais equipamentos e custos, entre outros temas.

“O gás natural liquefeito é o combustível da transição energética e o mundo precisa cada vez mais desse produto, uma demanda que foi intensificada pela guerra na Ucrânia. Nesse contexto global, a Argentina tem um grande potencial para monetizar o gás de Vaca Muerta e também está estudando vários projetos de GNL. Diante disso, consideramos necessário compartilhar dentro da Techint E&C mais conhecimentos sobre esses temas, com o objetivo de nos prepararmos para os projetos desafiadores que vêm pela frente na região”, disse Hernán.

O que você precisa saber sobre GNL e GLP:

O que é GNL? Gás natural processado para ser transportado no estado líquido.

O gás natural (GN) é submetido a um processo de liquefação, que consiste em levá-lo a uma temperatura aproximada de -162°C sob pressão atmosférica, o que reduz seu volume 600 vezes. Assim, é possível transportar grandes volumes de gás em navios petroleiros.

Propriedades do GNL: pode ser armazenado sob pressão atmosférica, é mais leve do que a água, inodoro e incolor.

O que é GLP? Líquidos que se separam do gás natural: propano, butano e gasolina.

Quando o gás natural chega a uma planta de processamento, ele é separado do GLP (mistura de propano, butano e gasolina) por meio de um processo de resfriamento (criogenia). Essa tecnologia utiliza a redução de pressão do gás em um equipamento chamado expansor para resfriá-lo e obter essa separação. O processo termina com uma série de trocadores de calor especiais, para aumentar a eficiência. O GLP obtido é enviado a um sistema de fracionamento para ser separado em produtos comerciais como propano, butano e gasolina, que têm alto valor comercial (superior ao do gás natural). Em alguns casos, o GLP também pode conter etano, se houver algum mercado potencial que justifique o investimento para obtê-lo.

Como se consegue a liquefação do gás natural? Por meio de ciclos de refrigeração que alcançam temperaturas mais baixas do que as do gás natural.

O gás natural que entra na planta de liquefação é tratado nas unidades de processos para remoção dos compostos que não podem chegar até as unidades criogênicas. Quando está nas condições adequadas, é colocado em contato com o refrigerador frio em trocadores de calor especiais para esses processos. O refrigerante circula em um ciclo de compressão, resfriamento, descompressão e aquecimento. Neste último passo ele recebe o calor do gás natural que se quer liquefazer.

Esquema da cadeia de valor: das jazidas ao consumidor

Em síntese, os passos do gás natural desde a extração na jazida até a distribuição aos clientes são:

Extração do gás natural da jazida.

Liquefação: resfriamento do gás a -162 °C.

Carga e descarga do navio.

Transporte marítimo do GNL em navios petroleiros.

Regaseificação: o gás volta ao estado gasoso original.

Carga de GNL em caminhões-tanque.

Armazenamento subterrâneo do GN em estruturas geológicas existentes.

Transporte do GN por uma rede de gasodutos de alta pressão.

Distribuição aos clientes.

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