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World Procurement Congress: a Inteligência Artificial veio para ficar

Publicado 2.8.2024

Representantes da Techint Engenharia e Construção participaram do megaevento realizado em Londres. A empresa foi a única do setor presente no congresso.

 

José Ferreiro, Chief Supply Chain Officer, Leopoldo Torres, Supply Contracting Director, e Mauricio Mare, IT Sr. Director da Techint Engenharia e Construção, participaram do World Procurement Congress realizado em Londres, entre os dias 14 e 16 de maio. 

O megaevento girou em torno de um conceito claro: a Inteligência Artificial (IA) veio para ficar. Comparada com a revolução da Internet, mas avançando ainda mais rápido, a IA se instala como uma ferramenta fundamental para aumentar a produtividade e potencializar o talento humano.

O evento foi de grande relevância para os líderes da gestão de compras e da cadeia de suprimentos a nível global, com a participação de 973 pessoas, 365 companhias, 136 Chief Procurement Officers, representando 54 países e 42 indústrias.

“No ano passado, a IA também foi tema de debate, mas não com esta magnitude. A mensagem-chave foi a necessidade de refletir sobre como podemos nos manter competitivos, sem ficarmos para atrás. O caminho que começamos a trilhar na Techint E&C é firme e, embora talvez seja um pouco mais lento, não nos sentimos fora da tendência global”, resumiu José Ferreiro.

Na mesma linha, Mauricio Mare explicou que na companhia temos avançado com primeiras implantações/testes de conceito de Machine Learning (como, por exemplo, estimativas de datas para Expediting) e mais de 50 processos automatizados via RPA (Robot Process Automation). Além disso, vêm sendo realizados testes de conceito com IA generativa. Como os testes focados na catalogação de materiais, análises de documentação, entre outros.

Por sua vez, Leopoldo Torres frisou: “Os early adopters sempre implicam um risco e uma vantagem. Não sabemos quão rapidamente avançará a IA, mas não tiramos muito proveito nos resistindo a ela, nem mesmo a nível pessoal, porque a tecnologia pode potencializar nosso trabalho. É importante que os colaboradores e colaboradoras possam ter contato com esta tecnologia”.

Salientou o papel insubstituível do ser humano neste processo: “Afinal, o critério e a supervisão humana continuarão sendo cruciais. A tecnologia é uma ferramenta que pode aumentar nossa produtividade, mas devemos compreendê-la, adotá-la e capacitar-nos”.

Neste sentido, Ferreiro acrescentou: “A IA é uma ferramenta criada para ser um assistente, para nos ajudar. Deveria aliviar a carga de trabalho em atividades repetitivas, permitindo colocarmos o foco em tarefas de maior valor agregado”.

Digitalização

A digitalização foi outro tema central do congresso. “É um must. Foi implantada ativamente pela maioria das empresas. Neste sentido, a primeira coisa a ser feita é arrumar a casa, ordenar nossos dados, as fontes de informação que a companhia dispõe para que não haja duplicidade e inconsistência”, acrescentou Torres.

Quanto ao Change Management, foi tema de debate a necessidade crucial de encaminhar a mudança cultural e a importância de colocar o foco nas pessoas, e também na tecnologia e nos processos. “Somente 20% dos projetos de transformação digital são bem-sucedidos e grande parte de seu fracasso reside na forma como a mudança cultural e o change management das pessoas são administrados”, explicou Mare.

Depois, acrescentou: “Na companhia temos trabalhado com diferentes iniciativas como o programa de Upskilling (Webinars, Data Bootcamp, entre outros) e a ideia é aprofundá-los. Temos que continuar potencializando a capacitação de nosso pessoal para aumentar o número de beneficiados e dentro de um programa mais global”.

 

Resiliência e colaboração

Outro debate central do congresso foi sobre a resiliência, assinalada como um pilar crucial na gestão e nos objetivos das equipes de Supply Chain para restabelecer rapidamente as cadeias de suprimento em cenários de disrupção e crise (como a Covid-19, a guerra entre Rússia e Ucrânia, entre outros). Neste contexto, durante o congresso a colaboração foi apontada como uma ferramenta crucial para melhorar a resiliência.

“Os ecossistemas são cada vez mais colaborativos. Sobretudo, o uso da IA fortalece, por exemplo, a cadeia de valor entre as subempreiteiras e os clientes ao integrar informação entre diferentes elos. Isso impulsiona a troca de conhecimentos: assim como buscamos informação, também devemos estar preparados para compartilhá-la”, disse Torres.

Foi abordada também o tema da sustentabilidade, com o foco principal na agenda europeia, que visa descarbonizar as operações das companhias até 2030.

Além disso, durante o encontro, os colaboradores da Techint E&C tiveram a oportunidade de se reunir com os representantes específicos de SAP, Deloitte e com vários fornecedores de soluções, onde surgiram iniciativas para realizar testes de conceito.

Em síntese, foram três dias de colaboração, inspiração e exploração de novas iniciativas. “Este tipo de eventos permite nos conectar com diversas indústrias e observar o caminho que as empresas líderes estão seguindo. Aliás, a NASA também esteve presente. Discutimos também sobre o potencial da inteligência artificial, casos de aplicação e tivemos intercâmbios entre colegas que nos mantiveram atualizados”, concluiu Ferreiro.

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