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O combustível da transição energética

Publicado 17.10.2022

Oi! tudo bem?

 

Passaram-se poucos meses depois da última vez que escrevemos para você. Mas muitas coisas mudaram no mundo desde fevereiro. A invasão da Ucrânia pela Rússia provocou uma crise humanitária e econômica, com alta no preço das commodities, principalmente dos combustíveis.

O gás está em evidência. Os países da Europa procuram reduzir a dependência das importações de gás russo, ao mesmo tempo em que se veem afetados pelas mudanças na política de distribuição. A situação provocou uma reorganização geopolítica de grande escala com impacto no mercado de energia e consequências ainda imprevisíveis, embora já estejamos observando aumentos dos preços e da demanda de GNL.

Existe consenso de que o gás é um hidrocarboneto fundamental para o futuro. Enquanto se espera que o consumo de petróleo atinja seu pico dentro dos próximos cinco anos, a demanda de gás ainda tem muito para crescer em uma década. Em outras palavras: hoje falamos de óleo e gás, mas quando o consumo de petróleo diminuir no mundo, o gás continuará sendo essencial para o abastecimento energético e terá um papel decisivo na transição para as energias renováveis.

Nessa conjuntura, existem grandes oportunidades para desenvolver projetos que permitam aproveitar o potencial das Américas. Da Patagônia até a América do Norte, estamos trabalhando com os nossos clientes para que a região conte com uma matriz energética cada vez mais limpa e potente, promovendo o desenvolvimento sustentável.

Conectar Vaca Muerta com o mundo

O potencial de Vaca Muerta, na Argentina, é enorme, mas só se concretizará quando for desenvolvida a infraestrutura necessária para transportar o gás para todo o país e, possivelmente, para o mundo.

Depois de construirmos no prazo recorde de apenas 18 meses as instalações da Tecpetrol em Fortín de Piedra, que hoje processam 15% do gás consumido na Argentina, estamos prontos para colaborar com a nossa experiência e capacidade para desenvolver um gasoduto que pode mudar a matriz energética.

Revolução do GNL

No contexto atual, todo o continente americano analisa a viabilidade de avançar com grandes projetos de GNL para exportar para países como Alemanha e Itália, que avaliam a possibilidade de ampliar o uso de outras fontes de gás natural.

Com base na experiência adquirida na construção do terminal de GNL de Dunkerque, a maior planta de regaseificação da França e a segunda mais importante da Europa, estamos analisando a nossa participação em alguns projetos de liquefação.

Centrais térmicas na Argentina e no Brasil

Realizar o fechamento do ciclo combinado consiste em instalar caldeiras de recuperação de calor e turbinas a vapor. Isso permite que uma central aumente sua potência e reduza sua pegada de carbono com relação à energia elétrica gerada. Atualmente trabalhamos no fechamento do ciclo combinado da Central Térmica Ensenada Barragán, na Argentina. O projeto já tem 90% de avanço.

No Brasil, estamos realizando um processo semelhante de fechamento de ciclo na central Parnaíba V. Além disso, concluímos e já está em operação a central de ciclo combinado Jaguatirica II, um caso muito interessante que mostra a importância dessas obras. Afetado pela dependência da importação de energia da Venezuela e pela crise do país vizinho, apenas em 2018, Roraima teve mais de 85 apagões. Mas hoje o projeto Jaguatirica II fornece 70% da energia do estado, substituindo o diesel por uma fonte mais limpa.

Dos Bocas: fazendo história

No México, continuamos avançando na participação na construção da refinaria Dos Bocas, que será um marco na infraestrutura energética do país. O projeto tem uma dimensão pouco frequente, com mais de 30.000 pessoas entre os vários terceirizados, das quais mais de 6.000 são colaboradores nossos.

Essas são as principais novidades dos últimos meses que queríamos compartilhar com você. Esperamos que tenha gostado das informações.

Até a próxima!

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