Techint Engenharia e Construção moderniza sistema que bombeia o coração da Usiminas
Publicado 13.8.2024
Foram trocados as correias que transportam minério de ferro e coque até os Silos de abastecimento de matérias-primas dos Altos-fornos da siderúrgica em Minas Gerais.
Em 2021, a Techint Engenharia e Construção assinou um contrato de Mão Obra Administrada (MOA) com a Usiminas, e desde então vem desenvolvendo serviços de montagem eletromecânica que contribuem para revitalização da planta localizada na cidade de Ipatinga, Minas Gerais. Dentre as atividades, uma das mais importantes de 2023 foi a troca dos sistemas G e K. Mas afinal o que significam essas letras?
Esses sistemas identificados por letras do alfabeto são correias que transportam minério de ferro granulado, pelota (produto derivado de pellet feed) e o coque (combustível derivado do carvão mineral) para os silos de abastecimento de matérias-primas dos altos-fornos, estrutura considerada o coração da área da redução. É como se cada sistema funcionasse como veias bombeando o material até o coração.
Tamanhos e funções diferentes
Sistema G
Com 579 metros lineares e com o peso de 655,5 toneladas, é responsável por transportar minério de ferro granulado e pelota para os silos de abastecimento de matérias-primas dos altos-fornos. A troca realizada pela Techint E&C, que teve a duração de seis meses, permitiu o aumento da capacidade de carga de 350 ton/h para 750 ton/h, passando de 30” para 42” de largura. A reforma foi integrada dentro da grande reforma do alto-forno 3.
Sistema K
Foram montados 399 metros lineares, contando com o acréscimo de 96,4 metros. Esse sistema alimenta os silos de abastecimento de matérias-primas dos altos-fornos com coque, pesando 824,2 toneladas. Com a duração de seis meses, a atividade manteve a capacidade de carga de 400 ton/h, mas houve otimização de rotas e criação de ramal direto para abastecer também o alto-forno 3.
Operação significativa para o projeto MOA
Lantiel Soares, Construction Manager na Techint E&C, foi responsável por coordenar a operação, e conta que esse foi o maior desafio de sua carreira. “Estar na parada do alto-forno em 2023, com várias empresas trabalhando em serviços correlatos e outras correias em funcionamento, exigiu um grande trabalho de planejamento e de segurança”.
Com mais de 600 pessoas de quatro empresas diferentes no pico da obra, e 350 mil horas de trabalho, a atividade também revitalizou o Prédio de Peneiramento, que faz a separação granulométrica do minério entre material fino e grosso, e a reforma das Casas de Transferências, uma estrutura metálica com a função de transferir o material entre correias.
A obra foi bem-sucedida, o que contribui para importância do contrato. “Hoje, acredito que a Techint tenha se capacitado cada vez mais para esse tipo de demanda, e devemos isso principalmente ao complexo trabalho de coordenação da reforma dos sistemas G e K”, comenta Lantiel.