Gabriela Vila: “Foi gratificante ver que a empresa onde trabalho prioriza a saúde dos funcionários em todos os aspectos”
Publicado 13.9.2021
Gabriela é engenheira química e argentina. Ela trabalha na Techint E&C desde 2016, ano em que recebeu o diagnóstico de uma doença rara. Com o apoio do chefe, se mudou para o Brasil em busca de um clima mais adequado para a sua saúde física e emocional. A empresa “se preocupa e se ocupa das pessoas que precisam de cuidados especiais.”
Gabriela Vila entrou para a área de Engenharia de Processos da Techint E&C em 2016. No mesmo ano, recebeu o diagnóstico de Esclerose Sistêmica, ou Esclerodermia Difusa. Sua primeira reação foi uma revolução interna. “Tive uma crise física e emocional. Não foi fácil entender o que estava sentindo, fiquei muito angustiada, porque sempre pensava ‘como vou acordar amanhã?”, conta.
A Esclerodermia Difusa é uma doença autoimune que endurece a pele e órgãos, como o coração, o esôfago, o intestino, os pulmões e os rins, em níveis diferentes. Trata-se de uma doença rara, crônica e incurável, mas com várias opções de tratamento e a possibilidade de adaptação a um estilo de vida que atenda às necessidades de cada indivíduo. A maior parte dos pacientes com esse diagnóstico são mulheres de 20 a 40 anos, com vidas sociais e profissionais ativas.
Aos 36 anos, Gabriela é uma das mulheres que precisa lidar com a doença. Um dos sintomas é a Síndrome de Reynaud, que reduz a circulação sanguínea nas extremidades, gerando alterações de cor, dormência e possibilidade de úlceras (em mãos e pés principalmente) diante de mudanças de temperatura, como a exposição ao ar condicionado. “Isso me obrigava a ficar ‘quentinha’ e podia dificultar o meu trabalho no escritório. Em Buenos Aires, com a chegada do outono, também começava a temporada de usar luvas e tomar medicamento vasodilatador, até o fim da primavera. Eu me lembro de usar luva no trabalho e todo mundo me dizer que era uma exagerada. Me angustiava explicar o que estava acontecendo”, relembra.
Ainda em 2016, ela teve a oportunidade de fazer um intercâmbio para estudar no exterior e a empresa lhe concedeu uma licença para continuar seu MBA e a formação em Gestão de Inovação em Viena, Áustria. Na volta, em 2018, Gabriela passou a fazer parte da equipe de Inovação na Argentina, na época liderada por Juan Lovey e depois por Guillermo Cremaschi.
É claro que enfrentar a doença no trabalho não foi fácil. “Passei por um processo de aprendizagem. Antes da pandemia, expliquei ao meu chefe mais detalhes sobre o que estava acontecendo”, diz.
Foi assim que surgiu a possibilidade de ir trabalhar em São Paulo. Uma mudança de país em sintonia não só com o seu desenvolvimento e crescimento profissional, mas também com o cuidado da saúde física e emocional, com a busca de um clima mais adequado. “Isso me abriu novas oportunidades para melhorar as minhas condições de saúde. Foi gratificante ver que a empresa onde trabalho prioriza a saúde dos funcionários em todos os aspectos. Posso dizer que, com a ajuda do Guillermo Cremaschi, tive acesso a uma mudança de vida”, afirma.
No atual contexto da pandemia, Gabriela está dentro do grupo de risco devido à imunossupressão causada pelo medicamento para controlar a artrite e a doença, mas continuou trabalhando em home office, com ótimos resultados: “Estar em casa me ajudou a lidar com todos os sintomas, porque me permitiu melhorar as rotinas extras para manter uma alimentação saudável, descansar e controlar a exposição ao frio. A empresa se preocupa e se ocupa das pessoas que precisam de cuidados especiais. Quero agradecer ao Renato de Andrade, meu atual chefe no Brasil, pelo apoio e pela sua liderança transformadora”.
A Techint E&C sempre priorizou a saúde dos seus profissionais, mas, segundo Gabriela, com o surgimento da Covid-19 isso ficou mais evidente: aumentou muito a empatia com quem sofre patologias diferentes. De certo modo, “a pandemia ajudou a nos conscientizar sobre a importância de nos protegermos uns aos outros”, ela expressa.
Depois de compartilhar a sua história no LinkedIn, Gabriela recebeu muitos comentários e consultas. “Se alguém está passando por uma situação assim, entre em contato comigo. Estou à disposição e o grupo de afinidade PcD do qual participo no Brasil pelo programa de Diversidade e Inclusão também. No meu caso, conhecer outras pessoas que têm a mesma doença e são mais velhas me fez entender por que elas escolheram excluir o inverno das suas vidas; eu estou nesse caminho com o apoio da empresa”.