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Jorge Samur: “Quando você tem paixão pelo que faz, tudo é possível”

Publicado 30.1.2025

O Diretor de Estimativas da Região da América do Norte da Techint Engenharia e Construção compartilha sua paixão pela engenharia, bem como pela música, o recente lançamento de seu primeiro álbum e sua eterna gratidão aos dois pilares fundamentais de sua vida: sua família e seu trabalho.

 

Sua vida tem música desde sempre. Jorge Samur lembra como a família de sua mãe, ela e seus nove irmãos, desfrutavam da música clássica, especialmente ópera e concertos de Beethoven, Mozart e Chopin, seu compositor favorito. Seu pai, por outro lado, era fã de folclore e tango. “Desde os 9 anos estudei violão e me formei como professor aos 17. Nesse meio tempo, meus pais compraram um piano para minha irmã e eu me apaixonei. Comecei a tocar de ouvido, interpretando músicas junto com meu tio Jorge, que era concertista e de quem depois herdei o piano de cauda. Mais tarde, aprendi alguns métodos rápidos de leitura de música clássica e jazz. Meus três filhos também estiveram rodeados de música desde que nasceram”.

Nunca é tarde para realizar sonhos pendentes

Quando Jorge teve que escolher seu futuro profissional, a balança da música pesava muito. Seu grande sonho era ser maestro, mas naquele momento tomou outro caminho. “Meu pai dizia que a vida de músico era muito difícil, que ele não sabia se eu conseguiria viver disso, e ele tinha razão. Então ele me orientou a fazer a carreira de Engenharia, que acabou sendo minha segunda paixão, uma profissão que me trouxe grandes satisfações. Dediquei-me à música durante toda a vida, no meu tempo livre”.

Recentemente, embora em outra escala, Jorge conseguiu concretizar seu sonho pendente de ser maestro. De um estúdio de música que montou em sua casa atual, com a ajuda de softwares específicos de produção musical e bibliotecas de instrumentos virtuais, ele conseguiu compor e executar músicas integrais como se fosse um maestro: “Sempre interpretei ou compus músicas usando apenas violão ou piano. Agora, com a tecnologia, pude começar a adicionar bandoneón, violinos e outros instrumentos, fazendo composições mais orquestrais e realizando arranjos e mixagem dos instrumentos como se fosse um maestro”.

37 anos na Techint: “O melhor lugar onde pude trabalhar”

Jorge nasceu em General Roca, província de Río Negro (Argentina). Lá viveu até se mudar para estudar na Cidade de Buenos Aires, onde cursou Engenharia Civil na Universidade Católica Argentina (UCA). Assim que se formou, ingressou em uma empresa familiar de construções metálicas, mas logo depois apresentou seu currículo à Techint para se candidatar, pois naquele momento havia um projeto de construção de duas plataformas offshore para a Total Austral. Ele ingressou como jovem profissional, como assistente do chefe de obra e responsável pelas obras civis. Poucos meses depois, foi designado como coordenador de montagem de uma das plataformas.

A partir dali sua carreira não parou de crescer dentro da empresa, participando de grandes projetos em países como Paraguai, Uruguai e Argentina. As obras de telefonia para a Techint Servicios Urbanos (TESUR), a Planta da Aluar, uma Central Térmica e a Refinaria da Ancap no Uruguai são apenas algumas que se destacam.

Após 20 anos em obras industriais, passou 12 anos na construção das centrais hidrelétricas Los Caracoles e Punta Negra (ambas na província de San Juan). “Esses são os projetos mais desafiadores para um engenheiro civil, muito difíceis, mas ao mesmo tempo muito gratificantes pelo grande aprendizado profissional e pelo que essas obras emblemáticas deixam para a comunidade”.

Há mais de quatro anos, trabalha na sede do México e, há dois, atua como Diretor de Estimativas – Região Norte da Techint E&C.

Hoje, ao refletir sobre sua trajetória profissional, Jorge destaca o apoio incondicional de sua família, que viveu 11 mudanças e deixou projetos pessoais em segundo plano, especialmente sua esposa Laura, companheira incondicional e pilar da família. E ressalta: “A Techint E&C é o melhor lugar onde pude desenvolver minha carreira, porque me permitiu participar de grandes projetos, que era o que eu queria em termos profissionais, em uma empresa onde há paixão, princípios e valores que compartilho. Por isso, sempre serei grato à empresa e à minha família, que tornou isso possível, sempre me apoiando, com tudo o que isso implicava”.

 

Paixões compartilhadas

Jorge fala de sua vida com orgulho e satisfação. Conseguiu se desenvolver em duas áreas que o apaixonam e gratificam plenamente e, embora a música não tenha sido sua carreira principal, ela sempre esteve presente. “Quando você tem paixão pelo que faz, tudo é possível. Na Techint E&C, eu aproveito o dia a dia com a mesma energia de quando comecei. Compartilho essa paixão por continuar participando de projetos, agora de outra posição, com grandes profissionais e amigos de tantos anos. A música é minha maneira de expressar minha gratidão por tudo o que a vida me deu, e tanto na criação quanto na interpretação, coloco esses sentimentos”.

Além disso, compartilha essa paixão pela música com alguns amigos da empresa, como Marcelo Gondra, Diretor de Recrutamento Internacional. Muitos o conhecem pelas rodas de violão nas obras, porque, segundo suas palavras, “a música promove a integração”. Como uma recordação engraçada, ele lembra de uma convenção em São Paulo, há muitos anos, em que acompanhou ao piano Carlos Bacher – na época CEO da companhia – cantando “My Way”.

 

Bronca e calma, seu primeiro disco

Há três meses, Jorge lançou seu primeiro disco sob o pseudônimo “George Seymour” (ouça clicando aqui), que foi criado majoritariamente durante a pandemia de COVID-19, quando ele teve que ficar sozinho por 10 meses, sem poder ver sua família devido às restrições sanitárias e à suspensão de viagens internacionais. Sem dúvida, ele colocou nas interpretações o que sentiu naqueles dias, uma montanha-russa de emoções que, entre outras coisas, marcaram seu aniversário de 60 anos em isolamento.

O tema principal que dá nome ao disco, “Bronca e Calma”, foi composto no piano em um dia em que ele estava com raiva e preocupado, e pouco depois veio a calma, conta Jorge. Por isso o nome do disco, por essas duas emoções tão diferentes, mas tão relacionadas ao mesmo tempo. “No disco incluí duas músicas próprias e covers de artistas que admiro de tango, jazz e folclore. O disco é em formato CD, mas já o publiquei recentemente nas diferentes plataformas de streaming: YouTube, Spotify e outras”, esclarece.

Os três filhos de Jorge, Agustín, Mariam e Andrés, sem dúvida herdaram essa paixão. Todos estudaram música e até formaram uma banda juntos. “Compartilhar a paixão e poder fazer música junto com meus filhos é um dos grandes presentes que a vida me deu”, explica Jorge e acrescenta: “Claro que continuo trabalhando para lançar outro disco, no qual espero incluir músicas junto com meus filhos”.

Agustín se dedicou à música profissionalmente, é compositor, cantor e produtor, vive em Edimburgo (Escócia) e publica sua música sob o nome artístico “One Man Dancing”. Mariam é designer, fotógrafa profissional e também música (baterista da banda Olympia), e vive na Argentina. Andrés vive em Barcelona (Espanha), é advogado e também compositor e músico nas horas vagas, sob o pseudônimo “Deep Sleepers”.

Links para a música da família:

George Seymour - Jorge Samur https://open.spotify.com/album/3sH2ilJQ3LzQmEavkUAFE8?si=bvQocc6OSQC1a35RDlPFKg

One Man Dancing - Agustín Samur https://open.spotify.com/artist/28zCv0dldrs9fER83br9bD?si=l78a9ha_Qqq9mBFFMhFkzA

Olympia - Mariam Samur https://open.spotify.com/artist/19lyFJdKYUsSPkgZte44Tc?si=dBR3QapQTK6sBCNzlPne4g

Deepsleepers - Andrés Samur https://open.spotify.com/artist/4Ql3MFWL6HLsbUHefc6DiJ?si=K0LfWipBRFuh-Sf7I81qZA

 

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