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Construir projetos, derrubar preconceitos: os desafios de uma engenheira de produção no Brasil

Publicado 14.3.2022

Andressa de Oliveira está na Techint E&C desde 2015. Hoje é Coordenadora de Produção do desafiador projeto Parnaíba V, a planta termoelétrica que vai gerar 386 MW de energia no país.

Mesmo nos tempos atuais, ser engenheira no Brasil é um grande desafio pela quantidade de obstáculos a vencer. Se somarmos a isso a coordenação de uma parte importante de um megaprojeto como o de Parnaíba V, o mérito é dobrado.

“Embora as pessoas não falem, o setor da construção, por ser predominantemente masculino, tem muitos preconceitos”, afirma Andressa de Oliveira. “Melhorou muito desde que eu comecei a trabalhar, mas ainda vejo muitas dessas dificuldades para as mulheres. Por exemplo, temos menos colegas atuando diretamente em campo ou em posições de liderança.”

Engenheira Civil formada pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Andressa escolheu a profissão por dois motivos: “Por um lado, sempre gostei de matemática. Por outro, me fascinou na engenharia a possibilidade de fazer algo em benefício das pessoas. O trabalho de campo é muito visual, você pode observar o progresso dia a dia e, quando termina, você vê o que fez com o seu trabalho, poder liderar pessoas, é um legado que você deixa para os outros”.

Quando recebeu a proposta, há pouco mais de dois anos, para participar da área operacional em Parnaíba V, ela não hesitou. “Era a primeira vez que eu trabalhava em campo para a Techint E&C. Por isso, houve um período de adaptação, para aplicar na prática os procedimentos teóricos das capacitações. Participar de uma concretagem com uma duração de mais de 24 horas ininterruptas foi um grande desafio profissional. Eu estava envolvida desde a organização prévia do que era preciso até o acompanhamento completo da concretagem naquele dia”, conta.

Localizado no pequeno município de Santo Antônio dos Lopes, o complexo Parnaíba V pertence à empresa Eneva, que é responsável por 46% da capacidade instalada de geração térmica do subsistema Norte e por 11% da capacidade instalada de geração de gás no país.

Após o fim do projeto, sem dúvida nem Andressa nem o Brasil serão os mesmos. Ela vê um futuro muito promissor para as mulheres. “Acho que há muito espaço para nós no setor. O benefício é que somos muito organizadas, determinadas e temos muito compromisso com os objetivos, o que também contribui para melhorar a indústria. Vejo que cada vez somos mais capazes e, como precisamos enfrentar diversos obstáculos para chegar a essas posições, somos muito dedicadas e fortes para superar qualquer desafio”, afirma.

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