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“A soldagem se tornou minha paixão”

Publicado 9.11.2023

Soldador argônico no projeto Dos Bocas, Daniel Cornú estudou biologia, pensou em morar fora do México e agora é influencer digital no mundo da soldagem.

 

Jorge Daniel Cornú García, de 32 anos, coloca sua proatividade ao máximo a serviço do trabalho como soldador argônico na Unidade Regeneradora de Aminas do projeto da refinaria Dos Bocas, em Tabasco, México.

Formado em biologia e fluente em inglês, sua intenção era sair do México em busca de emprego. Queria ir especificamente para o Canadá, país que já conhecia, mas uma vaga de soldador o levou a tomar uma decisão que mudou sua vida.

Hoje, além de ensinar seu ofício presencialmente, compartilha seus conhecimentos sobre soldagem nas redes sociais. O “soldador influencer” de Dos Bocas costuma publicar vídeos soldando em ritmo de rock, tanto no Facebook como no Instagram. Tem mais de 600 seguidores e seus conteúdos chegam a superar 1,2 mil visualizações.

De acordo com seu supervisor de soldagem, Edilberto Martínez, Daniel tem um grande compromisso com o trabalho e um ótimo desempenho. “Sempre contamos com ele para qualquer atividade e confio plenamente na qualidade no que faz, por isso lhe entrego trabalhos especiais. Sei que os executará com profissionalismo e atenção aos detalhes”, afirma.

Em uma entrevista, Daniel Cornú contou como sua vida deu uma guinada após o curso de soldagem, comentou os efeitos da pandemia de Covid-19 e como é ser hoje um dos melhores soldadores na planta de aminas.

O que você fez depois do curso de soldagem em Veracruz?

Meus planos eram me mudar para o Canadá, por isso fiz o curso. Mas começou a pandemia de Covid-19 e tudo parou. Os contratos para o Canadá foram suspensos, e assim perdi a chance de sair do México.

Como foi sua chegada à Techint Engenharia e Construção?

“Eu não tinha emprego e tudo estava paralisado pela pandemia, mas pelas redes sociais soube que a Techint E&C estava contratando soldadores para a refinaria Dos Bocas. Me candidatei, fiz os testes e passei. Estou há quase dois anos neste projeto, trabalhando em várias plantas.

O que é mais atraente no seu trabalho?

Adoro a soldagem, me apaixonei pela atividade e gosto de dominar a técnica. Não foi fácil. Aprendi com colegas, fazendo. Também busco tutoriais e vou adquirindo novos conhecimentos. Assisti a vídeos de vários soldadores estrangeiros. Como falo inglês foi fácil entender e aplicar as técnicas deles aqui. Gosto muito de pesquisar. Desenvolvi essa habilidade com a biologia e uso para me capacitar cada vez mais.

Qual foi sua experiência mais complicada?

A situação mais difícil que vivi foi soldar tubulações subterrâneas, em que os espaços são muito pequenos. Além disso, as temperaturas são muito altas, pelas condições locais e pelo calor gerado pela solda. A falta de espaço torna muito difícil o acesso a determinados pontos da tubulação. Então, tive que aprender a soldar com as duas mãos.

Como sua família reagiu à troca da biologia pela soldagem?

Minha família me apoia. Eles sempre me disseram para correr atrás dos meus sonhos e fazer o que mais me entusiasma. A soldagem se tornou minha paixão, adoro. Eu mesmo me estabeleço desafios e não paro até conseguir. Assim, a cada dia vou aperfeiçoando minhas técnicas. Gosto de melhorar sempre e me dedico muito. Quando erro, pratico até corrigir o erro.

Como é ensinar suas técnicas aos colegas?

Sou a favor de ensinar. Tenho dois alunos neste momento e, cada vez que posso, compartilho meus conhecimentos com os outros. Se me perguntam alguma coisa, eu explico com prazer. Só peço que pratiquem e trabalhem seriamente.

Para ver um dos vídeos de Daniel Cornú, clique aqui: https://www.facebook.com/reel/793337061643013

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