Construindo o futuro com liderança
Publicado 19.10.2023
As engenheiras da Techint Engenharia e Construção Victoria Ferreiro, Mercedes Nakamura e Rosis Alejandra Torres são três mulheres que, diariamente, constroem através da liderança desempenhada. Com seu trabalho motivam e inspiram as novas gerações para aprender, se projetar e avançar na indústria.
Inumeráveis mulheres trabalham, se formam, se desenvolvem profissionalmente, avançam e, muitas delas, conseguem ocupar posições de liderança na indústria da engenharia e construção. Victoria Ferreiro, Chefe de Design de Ofertas de Engenharia, Mercedes Nakamura, Coordenadora de Engenharia em Projetos em Execução, e Rosis Alejandra Torres, Chefe de Design de Piping Neuquén, compartilham sua experiência profissional na Techint E&C.
“Quando comecei, foi bom ver que uma mulher tinha conseguido!”, destaca Victoria, engenheira química que entrou na companhia em 2005 por meio do Programa Jovens Profissionais (JP). O fato de ter tido uma excelente chefe mulher (Marcela Soto), pouco tempo depois de ter entrado na empresa, “me permitiu ver que havia uma projeção para o futuro”. Desde o início, Victoria se desempenhou na área de Engenharia de Processos, onde passou por todas as etapas de desenvolvimento profissional (júnior, sênior, até Líder de Especialidade). Uma de suas primeiras experiências foi o projeto de Camisea (Peru), ela se lembra, fazendo parte de uma “Task Force”, um grupo inteiro instalado no mesmo andar do edifício Belgrano. Depois, “vieram muitos projetos, bem diferentes entre si, dos quais tive a sorte de poder aprender muito”. Desde 2019, ela trabalha na área de Ofertas de Engenharia, “também com um chefe que é mulher, Diana Balaguer, de quem aprendo um monte todos os dias”, porque “a formação sempre continua presente e é constante”.
Por sua vez, Mercedes, engenheira civil, começou sua carreira na Techint E&C como JP (jovem profissional) em 2004, desempenhando-se a maior parte do tempo no departamento de design civil, com concreto. Participou em projetos de mineração, linhas de transmissão elétrica e oil & gas, tanto upstream, downstream em greenfield e revampings. Há um ano e meio passou para a Gerência de Projetos em Execução, de onde coordena os trabalhos de engenharia e, atualmente, colabora na preparação de diferentes ofertas. “A empresa oferece muitas possibilidades e diferentes setores pelos quais podemos transitar. Hoje, quem ingressa tem um contato mais próximo com as chefias ou com as pessoas de referência, por exemplo, através do programa de tutorias, mediante o qual pode interagir com as pessoas que ocupam um cargo de maior hierarquia. Isto lhe permite ver a experiência, a projeção e que a empresa possui possibilidades”, explica.
Tanto Mercedes como Victoria participaram de cursos de formação de líderes. “A gente sempre olha para cima, esperando que o outro dê algo a você, supra suas necessidades, incentivando, encorajando e felicitando você. Quando chegamos a ocupar postos de chefia, temos que proporcionar às pessoas que dependem de nós aquilo que gostaríamos de ter recebido. Dar-se conta disso é uma ruptura. São temas que a gente precisa visualizar quando vai crescendo dentro da organização”, sugere Mercedes.
Victoria acrescenta: “Podemos começar a mudar a nossa forma de agir. Por exemplo, dar um feedback no momento correto para agir e começar a fazer as coisas de maneira diferente, trocando ideias. É importante gerenciar os recursos, não a partir do administrativo, mas sim de forma pessoal”.
Por outra parte, Alejandra confessa que “trabalhar na Techint é um sonho tornado realidade”. Ela é engenheira mecânica especializada em piping. Nascida na Venezuela, ela chegou à Argentina em 2018, com vontade de progredir e com o firme propósito de fazer parte do Grupo Techint, onde tinha feito seu estágio, há 15 anos, antes da nacionalização de Sidor. Finalmente, quando volta à Argentina, conseguiu ser admitida na companhia, sendo uma das inauguradoras do escritório de Neuquén, colaborando no encerramento dos projetos de Fortín de Piedra, Los Toldos e Oldelval, dentre outros.
MUDANÇAS À VISTA
“Fiquei chocada, na primeira vez, por ser a única mulher em uma reunião de 15 pessoas, também na segunda, na terceira, e depois já foi habitual”, conta Victoria. No entanto, aos poucos, as mudanças foram ocorrendo. Por exemplo, “Em PowerFormer, a gente se deu conta que, ao redor de uma mesa, éramos todas mulheres chefes de especialidade”, destaca Mercedes, lembrando-se de um projeto de 2019, onde trabalhou com Victoria.
Alejandra comenta que no início foi complexo liderar uma equipe integrada só por homens, mas com o tempo conseguiu se desempenhar com sucesso. “Na Techint, há pessoas maravilhosas que se adaptam muito bem, que respeitam a cultura da empresa, que nos respeitam como mulheres, como líderes, que nos tratam igual, independentemente de nossa forma de ser, de se vestir, de falar e da nacionalidade. Percebo essa cultura muito enraizada”. E acrescenta: “Valorizo muitíssimo ter como gerente uma mulher (Diana Dulsan). Ver como ela pôde crescer dentro da empresa é uma inspiração”, afirma.
IGUAL, MAS DIFERENTE
Outro desafio que Alejandra teve que superar foi o linguístico. “Os modismos e as palavras usadas na Argentina, às vezes, são diferentes daquelas que estava acostumada. Por exemplo, na Venezuela dizemos tuberías e tubos, enquanto que aqui, na Argentina, as pessoas dizem caños e cañerías. Como essas palavras, há muitas outras”, explica. Isto significou um verdadeiro desafio para ela “Às vezes sentia medo, pena, vergonha de dizer as coisas como queria dizer e me reprimia, até que chegou um momento em que concluí: ‘não, assim não dá, a linguagem da engenharia é universal, e posso me fazer entender da mesma forma’. Recém aí comecei a me soltar e hoje essa questão já ficou para trás”, relata Alejandra.
CONSELHOS PARA AS NOVAS GERAÇÕES
Mercedes recomenda “não ficar se queixando e passar à ação”. E enfatiza: “Transforme sua observação negativa em algo positivo para você e para quem estiver ao seu lado, para todos. Todos precisamos mudar, corrigir coisas e continuar crescendo”.
Victoria, por sua vez, considera que “é importante tomar as rédeas de seu próprio desenvolvimento” e se a gente sentir que a responsabilidade que tem não é suficiente, “temos que ter a coragem de pedir mais”. “Se sentimos que a área em que estamos ou o tipo de projeto não é o que mais gostamos, é importante poder pedir uma troca. Provavelmente, não vamos ter uma resposta imediata, mas com um pouco de paciência, certamente, seremos levados em conta para o próximo projeto”, aconselha a engenheira.