No Dia Internacional das Mulheres na Engenharia oito engenheiras da Techint Engenharia e Construção compartilham suas experiências nos principais projetos de que participaram.

No dia 23 de junho, é comemorado o Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, criado em 2014 pela Women’s Engineering Society (WES), com o objetivo de destacar o papel das engenheiras em um setor historicamente dominado pelos homens. Por isso, compartilhamos a seguir as experiências de oito engenheiras em projetos importantes da empresa:

Natalia D’Onofrio, Engenheira de Instrumentação, argentina. Entrou há 15 anos como estagiária e depois participou do Programa Jovens Profissionais.

“Um dos projetos mais marcantes da minha carreira foi Fortín de Piedra, na Argentina. Tive a oportunidade de participar de todas as fases da engenharia. O maior desafio foram os prazos, que nos obrigaram a adotar um enfoque de trabalho diferente. Realizamos a análise de engenharia de forma paralela, com equipamentos temporários e definitivos. Além disso, colaboramos diretamente com os fornecedores de equipamentos nas instalações deles para acelerar a construção e visitamos constantemente a obra para resolver qualquer questão pendente. Foi muito exigente e, ao mesmo tempo, nos deu aprendizado e orgulho. Fortín de Piedra hoje é responsável por 15% da produção de gás do país, e isso é possível graças à equipe de trabalho”.

Soledad Calcagno, Líder de Engenharia de Projetos, argentina. Entrou há 13 anos como Engenheira Sênior.

“Em 2011, fui chamada para ser líder de disciplina de processos para o projeto KP127, uma planta compressora instalada no duto Camisea, no Peru. Tive a sorte de participar de todas as etapas da engenharia. Durante a construção, que foi concluída no prazo e sem imprevistos graças ao trabalho conjunto de todas as áreas, fomos convidados para percorrer a planta e ver de pé o que tínhamos desenhado. Isso fecha o ciclo para nós. Ver instalado aquilo que desenhamos é muito emocionante”.

Mercedes Nakamura, Coordenadora de Engenharia, argentina. Entrou há 19 anos pelo Programa Jovens Profissionais.

“O último projeto de que participei como líder de especialidade civil, antes de mudar de setor, foi o da refinaria Dos Bocas, no México. Trabalhei como líder do grupo de desenho civil e de estruturas de concreto para a unidade de recuperação de aminas (213-URA).

Como empresa, entramos nesse projeto com o compromisso de avançar rapidamente na obra, para alcançar o nível de outras unidades. Para isso, uma equipe do México fez desenhos prévios para definir as baterias. Paralelamente, realizamos uma estimativa teórica de quantidades, que serviria como base para o contrato. Participamos ativamente da gestão e do controle do contrato dos racks de concreto, e executamos os projetos de fundações e sistemas enterrados para que a obra pudesse continuar trabalhando simultaneamente com o desenvolvimento da engenharia.

Tivemos muitos desafios, entre os quais destaco a formação de uma equipe totalmente remota durante a pandemia, com vários integrantes novos e em países diferentes. Outro desafio foi atender a um cliente muito exigente, que nos levou a crescer, melhorar e modificar formas de trabalho para cumprir suas exigências. Foi um grande projeto e tive uma grande equipe comigo”.

Rosis Torres, Engenheira de Piping em Neuquén, venezuelana. Entrou há quatro anos.

“Como Líder de Desenho de Piping na Bacia de Neuquén, na Argentina, tive a oportunidade de participar de projetos EPC (Engenharia, Suprimentos e Construção), colaborando em todas as fases. Um deles foi o Oleoduto da Shell, em que participei do desenho das instalações de superfície, desde a interconexão com a planta da Shell em Sierras Blancas até a interconexão com a planta de Oldelval, em Allen.

Destaco também o projeto de ampliação da EPF (Early Production Facility), em Fortín de Piedra, que começou pequeno, mas ganhou dimensões maiores, de expansão geral. Nesses projetos, tive a oportunidade de me comunicar constantemente com colaboradores de diferentes sedes, como Buenos Aires, Equador e Brasil, e de me adaptar a vários estilos de trabalho, liderando uma equipe em formação.

A maior satisfação é ter participado da tomada de decisões importantes, como a localização dos principais equipamentos. Estudávamos alternativas em conjunto com o cliente e depois íamos à obra para ver os equipamentos instalados nos seus lugares. Tínhamos que saber responder, por exemplo, por que os compressores estavam ali”.

Paula Borchowiec, Líder de Desenho em Engenharia de Processos, argentina. Entrou há 18 anos como jovem profissional.

“Em 2010, a Techint E&C conquistou um EPC para construir uma unidade de aminas na refinaria da YPF em La Plata (Argentina). Naquela época, a engenharia de detalhamento era um mundo que eu desconhecia. O projeto me permitiu ver o conjunto todo, dos papéis até a construção.

Outro projeto importante foi o da refinaria Dos Bocas (México), em que participei como líder de especialidade. Foi bem durante a pandemia e tudo foi realizado na modalidade home office, em conjunto com a sede do México. Foi um desafio muito grande e estou muito orgulhosa do grupo de trabalho porque conseguimos alcançar o objetivo sem sermos afetados pelo fato de estarmos em países diferentes e trabalhando de casa. Entrará em funcionamento este ano”.

Victoria Ferreiro, Líder de Propostas de Engenharia, argentina. Entrou há 18 anos e passou pelo Programa Jovens Profissionais.

“Meus primeiros projetos foram Camisea, no Peru, e Pirquitas, em Jujuy, na Argentina. Este último foi minha primeira experiência no exterior, já que precisei morar alguns meses em Santiago (Chile) para participar do desenvolvimento da engenharia básica lá. Foi um início muito próspero. Enquanto estive na área de Engenharia de Processos, participei de diversos projetos: mineração, pipelines, energia, óleo e gás. Entre eles, está o EPC da expansão da DPP (dew point plant) de Sábalo, na Bolívia. Trabalhei na engenharia de detalhamento desde o início e depois viajei para o comissionamento da obra, quando passei três meses na selva boliviana. Depois fizemos a engenharia básica e a engenharia de detalhamento para a construção da Central Elétrica Pesquería.

Todos foram projetos muito interessantes, já que pude participar de todas as etapas e ver o impacto de cada decisão que tomávamos. Também trabalhei no desenvolvimento de um projeto de lítio e aprendi muito, já que nunca tinha estado nesse tipo de obra”.

Sara Couso, Coordenadora de Engenharia, espanhola. Ingressou no escritório de Sevilha há 3 anos.

“Entrei um pouco antes da pandemia em 2020, então meus primeiros 6 meses foram de home office, um grande desafio. Meus primeiros trabalhos no escritório de Sevilha foram em Desenvolvimento de Negócios para grandes propostas de ciclo combinado, como Barcarena no Brasil e Celaya e Salamanca no México. Uma das mais importantes foi a cogeração da refinaria Dos Bocas, onde estive envolvida na especificação e conclusão da compra do ciclo de energia.”

Natalia Rojas Macias, Responsável pelo Departamento de Instrumentação, mexicana. Ingressou na empresa em 2008.

“Entrei no programa Jovens Profissionais na área Comercial, sendo uma das duas engenheiras da área. Um projeto que me lembro com muito carinho é o Ramones Norte II, não só por ter sido desafiador por ser um Megaprojeto, mas também por ter sido meu primeiro projeto como responsável pela disciplina. Depois dessa experiência, minha carreira não parou de crescer graças ao apoio de meus guias. Hoje sou especialista no projeto Refinaria Dos Bocas que estamos executando atualmente no Mexico".

Elas são algumas das muitas de engenheiras que trabalham na nossa empresa. A paixão por fazer é compartilhada, expandida e multiplicada, mas não se define pela identidade de gênero.

Na Techint E&C fomentamos o acesso das mulheres à engenharia e incorporamos iniciativas que promovem a igualdade de gênero. Estamos convencidos de que, quanto mais equitativa a empresa for, mais se potencializam as capacidades de cada pessoa. Temos grandes desafios pela frente e queremos enfrentá-los com equipes mais inclusivas.