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Mariana Zalazar: “Nunca é tarde demais para ter coragem de fazer coisas pendentes”

Publicado 17.8.2023

Depois de ter colocado sua carreira em stand by por um tempo, Mariana Zalazar começou seu caminho profissional no Gasoduto Presidente Néstor Kirchner em Argentina. Neste artigo, compartimos um pouco de sua história.

Mariana Zalazar teve que interromper seus estudos universitários depois de dois anos de haver começado. Sua terceira filha, Sofia, hoje com 10 anos, estava a caminho. Antes dela, já tinham chegado Fausto e Álvaro, de 16 e 12 anos, respectivamente, e sua decisão foi ficar em casa para acompanhar seus primeiros passos.

Mesmo assim, isso não a deteve.

Após dois anos, retomou seus estudos e se graduou como Técnica em Petróleo no Centro Educativo de Nível Terciário (CENT) 44 em Catriel, Província de Neuquén, Argentina. Há dois anos, começou a buscar seu primeiro trabalho. “Recém naquele momento, senti que os meus filhos tinham crescido e estavam preparados para que eu pudesse trabalhar, e isso me encorajou. Primeiro, enviei currículos para projetos de petróleo, mas em seguida chegou esta oportunidade dada pela Techint Engenharia e Construção, que é a primeira empresa onde trabalho”.

Mariana trabalhou como anotadora de obras no GPNK, no Traçado 1 do PK 92, e confessa estar muito contente por isso: “acredito que a partir de minha formação em petróleo também pude contribuir para este projeto de construção. Fazer parte do Gasoduto foi incrível”.

Como foi o seu início no projeto?

Quando comecei, estive no PK 60, onde estava o acampamento, trabalhando para a fase da logística. Depois, passei para a fase de caminhos e acessos, fazendo com que tudo fosse “transitável”. Nós nos certificamos de que tudo estivesse pronto na zona de abertura de valas, onde depois são colocados os tubos.

Depois disso, fui para o PK 92 para participar da realização de uma piscina com uma retroescavadeira e da fase de HDD de perfuração, que recém estava sendo construída. Me lembro que estavam carregando as máquinas e me encontrei com Alejandro Aguirre, Gerente de Inovação da Techint E&C, que me comentou que ainda não tinha apontador de obras e me perguntou se este posto me interessava. Então, lhe contei que era Técnica em Petróleo e, como estavam fazendo a perfuração, ele me pediu para que eu ficasse participando dessa fase.

 

Qual é o cargo que você desempenhava na obra?

Atuei como Anotadora, que é um posto administrativo a partir do escritório. Foi responsável dos registros, administrava a papelada do pessoal, carregava o número de horas trabalhadas, providenciava determinadas passagens para viagens, entre outras coisas.

Na fase de construção do projeto, encontrei várias coisas relacionadas com o que estudei, que eu achei super interessantes, como o maquinário e ferramentas específicas que se precisa para cada tarefa. Além disso, pude colaborar com saberes técnicos específicos, necessários para determinados requerimentos de insumos, por exemplo.

O que você sente ao ter sido parte deste projeto?

É um orgulho enorme! É um projeto importantíssimo, a gente se dá conta pelas visitas que recebíamos o tempo todo. Sempre apareciam personalidades importantes para conhecê-lo, como funcionários públicos e empresários.

Para mim é uma oportunidade que nunca houvesse imaginado antes. Me senti muito à vontade com o grupo de profissionais que me rodeavam, sempre dispostos a partilhar seus conhecimentos. Eles sempre queriam me ensinar e ajudar. Além disso, valorizavam a participação de uma mulher no projeto e isso é ótimo. Obviamente, foi um grande esforço não estar com meus filhos o dia inteiro, mas isso teve sua recompensa. Procurei aproveitar esta oportunidade ao máximo.

 

Olhando sua vida para trás, você teria feito alguma coisa diferente?

Às vezes, penso que poderia ter começado a trabalhar antes, mas as coisas ocorreram desse jeito e estou muito agradecida. Acho que o mais importante que aprendi é que nunca é tarde demais para ter coragem de fazer coisas pendentes.

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