8M: Precisamos reduzir a desigualdade
Publicado 8.3.2023
Março não é um mês qualquer, já que nele se comemora o Dia Internacional da Mulher, criado para visibilizar e conscientizar sobre a igualdade de gênero, em um movimento que teve início em 1908.
Cerca de 15.000 mulheres saíram em passeata por Nova York em 1908 para defender melhores condições de trabalho e o direito ao voto. Isso fez com que, em 1911, fosse celebrado pela primeira vez o Dia da Mulher Trabalhadora nos Estados Unidos e em diversos países da Europa. Uma semana depois, 129 mulheres morreram em um incêndio na fábrica Triangle ShirtWaister, também em Nova York, o que deu visibilidade às más condições nas quais trabalhavam. Ao longo do tempo, a população feminina foi conquistando direitos e em 1977 a ONU estabeleceu que 8 de março seria o Dia Internacional da Mulher.
Hoje, mais de 100 anos após o início dessas mobilizações, a igualdade de gênero continua sendo uma luta permanente.
É preciso combater os estereótipos
As sociedades ainda convivem com estereótipos de gênero baseados em percepções equivocadas por falta de informação. Assim, homens e mulheres acabam sendo equivocadamente classificados de acordo com conceitos discriminatórios e irreais. Parece inacreditável, mas há quem não saiba ou não aceite que…
- meninos e meninas têm as mesmas capacidades esportivas
- a cor do cabelo não determina o nível de inteligência
- as mulheres não são mais complicadas ou instáveis emocionalmente do que os homens
- os homens não são mais racionais ou corajosos, e também podem ser sensíveis
- as mães têm igual rendimento que os pais no trabalho e não são mais ou menos necessárias do que eles na criação dos filhos.
Embora pareça mentira, isso ainda está muito longe de ser aceito pela grande maioria das pessoas, tanto homens quanto mulheres.
Como garantir um futuro equitativo
O que acontece com a população feminina nas carreiras STEM (sigla em inglês de ciência, tecnologia, engenharia e matemática)? As mulheres e as meninas continuam sub-representadas nesses âmbitos.
De acordo com a UNESCO, na maioria dos países das Américas, a porcentagem de mulheres com formação universitária não passa de 40%. As menores participações são nas áreas da engenharia e da construção, em que não chegam a 30%.
Além disso, existe grande desigualdade no acesso à informação. Embora as mulheres representem cerca de metade da população mundial, um relatório da UN há 259 milhões mais de homens com acesso à internet, e apenas 63% delas contra 69% deles estão conectadas à rede. A diferença vem diminuindo com os anos, mas em países em desenvolvimento se mantém significativa.
Portanto, é preciso reduzir as diferenças no acesso à tecnologia e às competências digitais, apoiar a entrada de mulheres e de meninas nas áreas STEM, colaborar para criar tecnologias que atendam às necessidades da população feminina e acabar com a violência de gênero em todos os âmbitos.
Este mês, da Techint Engenharia e Construção, queremos homenagear as mulheres que nos inspiram.
Criar juntos um ambiente de trabalho em que todos os colaboradores e todas as colaboradoras possamos nos desenvolver de maneira segura e equitativa, sem limitações de gênero.
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